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Conceituação e diferenciações entre as escalas Cartográfica, Temporal e Geográfica
Por
Rafael Rodrigues Candido Rosa
Escala
Temporal
Para que possamos entender e estudar corretamente
acontecimentos, fenômenos e mudanças no espaço, precisamos ter em vista a
dinâmica dos mesmos em relação ao tempo. Faz-se necessário então o uso e entendimento
da escala temporal. A escala temporal diz respeito à frequência e/ou duração de
um fenômeno ou acontecimento. Ela varia de acordo com a dinâmica dos fenômenos
durante determinado período de tempo. Através desses dados, com a escala
temporal se cria comparações do fenômeno em determinados períodos de tempo e/ou
frequência e se compara os resultados.
A
escala temporal é de grande importância pois através dela podemos criar padrões
para fenômenos, antecipar a duração para os resultados e se programar para
possíveis acontecimentos e mudanças futuras. A escala temporal tem uma ligação
muito forte com a espacial, intensificando mais a relação de espaço e tempo,
pois os fenômenos são estudados dentro do espaço observando sua dinâmica
temporal nele por determinado tempo.
Escala Cartográfica
Trazendo
o conceito de escala para dentro da cartográfica, podemos dizer que escala
cartográfica é a relação entre as dimensões reais de um determinado objeto de
estudo (um bairro, por exemplo) com a representação do desenho em um plano ou
um mapa. Antes de entrar nos detalhes sobre a escala cartográfica, precisamos
entender melhor o que é um mapa. Mapas são representações gráficas de uma área
real, são de extrema importância para a sociedade, principalmente, para determinados
profissionais como Geógrafos, Geólogos, Agrônomos, Engenheiros, Biólogos,
Cartógrafos, dentre outros. Um
mapa pode possuir níveis distintos de abrangência, de modo que podemos mapear o
mundo, continentes ou partes deles, países, regiões, Estados ou mesmo ruas.
Todas as vezes que visualizamos um mapa, independentemente do seu tema (mapa
político, físico, histórico, econômico), podemos saber a distância real que há
entre dois pontos ou o tamanho de uma área. Isso é possível por meio da
verificação da escala disposta nos mapas. E é neste ponto que a escala
cartográfica entra, quando se tem a intenção de construir um mapa de um espaço,
de maneira que represente fielmente as medidas reais do mesmo. Existem duas
formas de representação dessa escala: a escala gráfica e a numérica. A gráfica
é representada por uma linha estabelecida no sentido horizontal que contem
divisões precisas entre seus pontos, onde cada centímetro no papel do mapa
corresponde à determinação da distância na linha, por exemplo:
Neste caso, cada centímetro do mapa
corresponde à 3km em distância real. A numérica é exposta no mapa na forma
fracionária, sendo que o numerador representa a medida no mapa e o denominador
a medida da superfície real (Exemplo: 1 / 12 000 000).
Escala Geográfica e suas Diferenças e Relações
Para começar, não
há análise de fenômenos sem que seja esclarecida a escala geográfica adotada. Segundo
CASTRO, 1996, a escala geográfica é “a escolha de uma forma de dividir o
espaço, definindo uma realidade percebida, é uma forma de lhe dar figuração, um
ponto de vista que modifica a percepção da natureza deste espaço, um conjunto
de representações coerentes e lógicas que substituem o espaço observado. ”
Continuando e somando ao pensamento da autora, a escala geográfica está ligada
aos fenômenos que acontecem em determinado espaço. É necessário ficar claro a
inversão que existe entre a escala cartográfica e geográfica. Na escala
cartográfica quanto mais detalhado o mapa, mais específico e com o denominador
numérico menor, maior a escala cartográfica, já no caso da geográfica, quanto
maior a área que o mapa cobre e maior a amplitude do fenômeno, maior a escala
geográfica. Então podemos ver que há uma inversão na questão de conceito de
maior escala entre as duas. Através desta analogia, pode-se verificar que a
relação das escalas cartográfica e geográfica é inversamente proporcional, ou
seja, quanto maior for a área compreendida por um fenômeno, menor deverá ser a
escala cartográfica adequada para a sua representação e quanto menor for a área
de ocorrência de um fenômeno, maior deverá ser a escala cartográfica necessária
para a sua representação.
Como já
falado acima, a relação tempo/espaço está presente a todo momento, como
simplesmente dizer a amplitude e força de um fenômeno sem abranger o espaço que
ele irá cobrir e a duração e frequência da ocorrência. As escalas andam
interligadas a todo tempo, por mais que cada uma tenha seu foco de estudo e
consideração principal (espaço, tempo, fenômeno) elas andam em conjunto
principalmente na hora de se explicar ou estudar um fenômeno ou um
acontecimento, analisando a sua amplitude e força, analisando e representando o
espaço em que o mesmo ocorre e analisando a sua duração e frequência que isso
ocorre dentro de uma escala temporal, criando assim um grande sistema que nos
permite entender melhor vários fenômenos que nos cercam e possibilitando também
que isso seja representado e demonstrado.
Rafael Rodrigues CANDIDO Rosa - Geografia/ Licenciatura - Universidade Federal do Rio Grande do Norte