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"De todas as armas, a geografia"

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De todas as "armas", a geografia

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      De todas as formas de poder e domínio ligadas ao conhecimento, talvez a geografia seja a mais impactante, sutil e eficaz. 
      Ao longo dos anos a geografia tem se mostrado forte e implacável quanto ao domínio e sucesso através do conhecimento. Imagine que você é o líder de um vilarejo e pretende expandir seu território pois falta espaço e zonas de plantio suficiente para dar conta de todos que moram ali, então vc começa a estudar o território em sua volta e vê várias áreas aproveitáveis, mas a maioria já pertence a vilarejos inimigos vizinhos, então vc entra em um dilema: Entrar em guerra por território ou se conformar e tentar sobreviver de forma limitada no seu. Provavelmente vc entrará em guerra, mas aí o X da questão, já que é pra entrar em guerra e tentar dominar um território, qual seria o mais adequado e de que forma será feito? É aí que a geografia entra, tanto na sua forma tradicional física do território, como na parte política. Se vc for um "dominador geográfico" irá escolher o alvo com menos proteções naturais, menos rotas de fuga, com menos vilarejos vizinhos por perto pra não ter risco de alguém se aproveitar da vulnerabilidade de vcs dois e chegar no final de surpresa, da mesma forma que em sua escolha também deva visar a integração com seu território em um só, território é poder, território maiores, influência maior, maior influência gera mais facilidade de negócios e de produção. Então trazendo à tempos mais atuais, a geografia faz esse papel todos os dias em nossas vidas, vc já reparou que as pessoas que possuem o maior domínio geográfico são as que se dão bem nas situações do cotidiano? Isso vale desde evitar se molhar por saber que vai chover, de não pegar determinado caminho naquele dia por saber que ali irá estar engarrafado, até questões maiores em nossas vidas como comprar uma casa em uma determinada rua de um determinado bairro, essa pode ser a diferença entre viver bem ou não, de ganhar dinheiro ou perder. Falando em dinheiro, quer coisa mais geográfica que o dinheiro? Além de exercer poder, possui suas limitações territoriais, tem a capacidade de quebrar e de construir territórios, ou seja, uma ferramenta geográfica. Que tal o idioma? O idioma além de ser uma forma específica de linguística e comunicação é fator forte da geografia no que se diz respeito a expressar territorialidade, poder, nacionalidade e afins. Enfim, eu poderia passar a vida aqui falando sobre como a geografia está em tudo e, por estar em tudo, é a arma das armas, um conhecimento indispensável à quem quer ter controle e domínio sobre sua vida. À quem interessa saber mais sobre o assunto indico estudos relacionados com geografia política e geografia da guerra, são bons assuntos para começar a entender melhor como funciona o território e o espaço em sua forma de influência. Fico por aqui hoje, abraços. 
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Resenha:

A produção do Espaço Norte-Rio-Grandense. ANDRADE, M. C.

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          O texto do professor Manuel Correia de Andrade visa chamar a atenção dos interessados para a problemática espacial e o papel do desempenhado pelo Estado norte-rio-grandense em nível local, nacional e na economia mundial. O primeiro ponto levantado pelo texto é a questão do “Homem e espaço produzido”, neste capítulo o autor nos leva a refletir sobre o homem no processo de produção do espaço, levando em considerações as questões espaciais, sociais, naturais, econômicas e afins. Enquanto o autor continua a discussão sobre a produção de espaço, ele toca num ponto muito interessante sobre a visão e transformação do meio natural, segundo o mesmo: “...o espaço geográfico é social, é produto da ação do homem visando alcançar determinados objetivos e que sua capacidade para transformar a natureza é muito grande.” (Andrade, 1995). Após algumas explicações levando em consideração o contexto histórico, o texto trás uma análise determinista do processo de produção do espaço norte-rio-grandense, dividindo-o em quatro pontos, tenta abordar todas as perspectivas possíveis dentro do processo, sendo elas sociais, culturais, econômicas, naturais e afins dentro dos pontos. Seguindo essa mesma linha, o autor ainda trás mais dois grandes capítulos: “O MEIO NATURAL E A OCUPAÇÃO DO ESPAÇO NO RIO GRANDE DO NORTE; O ESPAÇO NORTE-RIO-GRANDENSE E A OCUPAÇÃO DO NORTE DO BRASIL”, nesses dois capítulos há uma grande gama de conteúdos ricos tanto em apanhados históricos como também na questão geográfica do estado, definindo muito bem a realidade do espaço geográfico do estado do Rio Grande do Norte e a sua influência de forma geral em outras regiões.

            O texto continua seguindo sua linha histórico-geográfica sobre o Rio grande do Norte mostrando a evolução tanto em questão da divisão do espaço como também nos outros quesitos mais específicos, para tal informações se utiliza de dados de 1775 até 1991, ou seja, um apanhado de dados bem consistentes. Após as colocações desses dados sobre a divisão do espaço do RN, o texto começa a tratar sobre uma linha mais relacionada a questões sociais-econômicas, começando pela base da problemática das secas e a produção do espaço, o autor é bem direto quanto à realidade da mesma: “As secas vêm assolando o Nordeste desde o período anterior à descoberta e colonização portuguesa; há testemunho de sua ocorrência já no século XVII”, porém devemos ter alguns cuidados sobre as informações passadas neste capítulo do texto. Devido ao texto ser de 1995 ele tende a retratar a realidade da seca naquela década, mas, mesmo não sendo tão atual, o texto em sua maioria ainda consegue abordar fielmente os principais tópicos relacionadas à seca no estado do Rio Grande do Norte, por exemplo: “Inicialmente, deve ser levado em conta que 90% do território norte-rio-grandense se encontra inserido no chamado Polígono das Secas e que estas constituem um grave problema, pois quase sempre, em cada decênio, ocorre uma seca de grandes proporções que prejudica as atividades econômicas e flagela as populações.” – (ANDRADE, 1995).

            Em sua conclusão, o autor Andrade mantém o texto focado na questão do “Espaço Produzido”, alimentando a discussão sobre o objeto e o resultado do mesmo dentro do estado do Rio Grande do Norte. Dentro deste capítulo há informações muito pertinentes sobre a evolução do espaço geográfico em suas vertentes no estado. Podemos observar que muitas atividades econômicas perderam espaço para outras no decorrer dos anos no estado, também é demonstrado pelo autor o crescimento constante da cidade de natal e quais as implicações desse crescimento no espaço de uma forma geral, principalmente após a 2ª Guerra Mundial. Mesmo demonstrando o crescimento constante do estado, o autor faz críticas sobre quem realmente se beneficia de verdade com o crescimento da economia no estado, demonstrando que muitas vezes apenas grandes grupos empresariais ou políticos obtém vantagens nos acontecimentos. Para finalizar, o autor trás suas ressalvas sobre uma possível solução para as problemáticas do espaço geográfico norte-rio-grandense: “É necessário, tanto em escala norte-rio-grandense com em escala nacional, uma modificação nos paradigmas visados pelo planejamento, afim de que se dê primeira prioridade ao homem” (ANDRADE, 1995), com isso ele quer dizer que além das questões de âmbito geral é de extrema importância levar em consideração as questões “humanas”, não deixando o lado econômico se desvincular do social.
 



RESENHA: “O CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES” – SAMUEL P. HUNTINGTON

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            De início, deve-se observar qual a tese principal do autor, onde suas ideias convergem para um denominador de conceito definitivo dos pensamentos apresentados. No texto Huntington coloca como tese que os conflitos não mais serão essencialmente ideológicos ou econômicos, mas disputas de ordem cultural. Então, partindo desse princípio, Huntington explica que o globo possui as Nações-Estados que são os agentes mais poderosos do globo, mas que a maioria dos conflitos ou alianças entre elas ocorreram cada vez mais por questões civilizacionais. Mas o que seria civilização para o autor? Segundo o texto, a natureza das civilizações é diretamente ligada ao cultural, à fé, à etnia, nacionalidade e afins, ou seja, a civilização é o nível mais amplo do qual um indivíduo pode se sentir pertencente, uma questão de identidade (Pag. 122, 3ª linha).
            A grande questão levantada pelo Huntington para ele desenvolver a sua tese é: “Porque as civilizações entram em choque?” (pag. 122). Para responder ele explica que a identidade das civilizações será cada vez mais importante no futuro. Então ele divide o globo entre sete ou oito grandes civilizações: ocidental, confunciana, japonesa, islâmica, hindu, eslava ortodoxa, latino-americana e a africana (pag. 122, penúltimo parágrafo). Neste ponto, Huntington dispara sua grande chave da tese: “Os conflitos mais significativos do futuro vão ocorrer ao longo das linhas de cisão cultural que separam cada uma dessas civilizações”, ou seja, em suas fronteiras. Com essa ideia ele monta todo um esquema de justificativa de conflitos históricos e futuros, “o mundo está ficando menor” (pag. 123). Nas próximas páginas do texto, o autor vai embasar sua fala com alguns conflitos históricos e seus motivos e consequências, também vai falar mais detalhadamente da linha de cisão entre civilizações e suas consequências para as regiões dessa fronteira, deixando claro que nem sempre é necessário haver violência para caracterizar um conflito, mas cada vez mais os conflitos têm sido de caráter violento. Com toda essa informação exposta, o autor nos da conceitos do que ele chama de países parentes, resumindo, seriam países que fazem alianças com base em elementos civilizacionais comuns, geralmente fé, etnia e língua (pag. 130 último parágrafo), Huntington cita vários exemplos de alianças que decorreram a síndrome de países parentes.
            Um grande parágrafo do texto que o autor enfatiza bastante é em como o Ocidente está contra o resto do mundo. Ele diz que hoje o Ocidente desfruta de um extraordinário poder em relação as outras civilizações. A superpotência inimiga desapareceu do mapa, e a supremacia militar ocidental é incontestada. Domina instituições políticas e de segurança internacional, junto ao Japão, as econômicas também (pag. 133). Em seguida, o autor mostra que existem países divididos, ou seja, países com grande número de povos de diferentes civilizações, como a União Soviética e a Iugoslávia. Países nessa situação são grandes candidatos à desintegração. Em contrapartida, há países com alto grau de homogeneidade cultural, mas não há um consenso sobre a que civilização pertencem, são os países divididos que, normalmente, seus lideres internos tentam fazer que eles sejam parte do ocidente, mas a história, cultura e tradições são todas não-ocidentais, a Turquia é um [ótimo exemplo. Neste conceito de poderio ocidental, surge a conexão confunciana-islâmica, o maior medo do ocidente. Segundo Huntington, seria a união da China (Grande potencia oriental) com a civilização mulçumana, a união de poderio de produção, economia, petróleo, armamentos e tudo que poderia desestabilizar o ocidente. Para evitar esse tipo de laço muito forte, o Ocidente utiliza de algumas medidas defensivas que seriam os acordos internacionais, pressão econômica e controle de transferência de armas e tecnologia bélica para evitar que países não ocidentais aumente seu poder militar (pag. 137, últimas duas linhas). De todos os países não ocidentais o que mais ameaça o Ocidente é a China, pois estimulada por uma grande política de avanço econômico tem avançado bastante o seu poder militar e o seu poder de influência, aumentando cada vez mais os seus gastos com as Forças Armadas do seu país.
            No final do seu texto, Huntington fala sobre algumas implicações para o ocidente e fala sobre seu posicionamento sobre o choque de civilizações. Ele deixa bem claro que não defende que os caráteres de identidade civilizacional irão substituir todos os outros, ele apenas quer mostrar que o caráter de civilização é de extrema importância. Também não defende vantagens de uma civilização entrar em choque com a outra, apenas formula hipóteses futuras que podem vir a acontecer devido ao caráter identidade civilizacional. “No futuro não haverá uma civilização universal, mas um mundo de diferentes civilizações, e cada qual precisará aprender a coexistir com a outra” (pag. 140 HUNTINGTON, Samuel. Choque das Civilizações? In: Política Externa. Vol.2, n.4, março de 1994).
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