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Neocolonialismo Atual
Segundo os princípios que
predominam no nosso mundo, sempre existe algum país mais desenvolvido tentando tirar
vantagens de países menos desenvolvidos usando de métodos para influenciar e
dominar o país de tal maneira que ele se torne dependente ou temeroso à esta
influência de poder. Muitas vezes chamado de imperialismo, o neocolonialismo é
umas das vertentes evoluídas do pensamento imperialista, resumindo, uma política de expansão territorial e
econômica praticada pelas potências a partir do século 19, especialmente em
territórios da África e da Ásia.
Mas qual foi a real questão do
neocolonialismo ter sido aplicado naquela época e se tornar o que é hoje?
Acontece que com o crescimento da indústria após a revolução industrial, os
países europeus viram uma grande necessidade de expandir os seus mercados
(mão-de-obra barata / matéria prima), então procurarão a forma mais fácil e
barata de conseguir isso, o neocolonialismo, dando início à um longo período de
dominação política, econômica e cultural sobre diversos países do continente
africano e asiático. O neocolonialismo foi tão organizado que eles chegaram a
fazer a Conferência de Berlim para decidir qual país europeu ficaria com seu
cada qual território africano, reorganizando todas as fronteiras do continente
africano. Mas voltando a pergunta inicial, na realidade a o que tornou
necessário o uso do neocolonialismo nesses continentes não é nada menos do que
criar condições para que o modo capitalista pudesse ser dominante nas sociedades
europeias, alimentar a força do capitalismo, instalar e expandir. Em dias
atuais, desde a chamada globalização aparecer, o capitalismo enfrenta uma nova
fase, o aumento da competição e da concorrência entre diversas potências torna
impossível a menor estabilização que seja, tudo está em constante movimento,
crises aparecem uma atrás da outra sem interrupções, o mundo já não é mais o
mesmo da época inicial do neocolonialismo, mas nem por isso quer dizer que ele
deixou de existir ou que sucumbiu sob os pés do novo mundo. Então com base
nisso as grandes potências tiveram que reinventar o meio de aplicar a sua
dominação sobre países menos desenvolvidos, a tática usada é se aproveitar do
poder que a globalização tem de mercado, cultura, tendências, influencias em
tempo real em um país e usar disso para tornar ou outros países “dependentes ou
seguidores” de determinado pensamento, produto ou serviço. Basicamente é isso
que os grandes países estão tentando fazer e com sucesso, através das maiores
ferramentas que a globalização oferece, a mídia, a internet, o mercado
tendencioso e tantas outras ferramentas que são de extrema importância dentro
de um processo de dominação. Ora, qual melhor maneira de dominar implicitamente
um país se não sendo dominar o que se come, o que se lê, o que se escuta, o que
se assiste, o que se veste, o que se gosta, o que se sonha, e o que é decidido
nele também? Não vejo domínio dependente melhor que esse. A base do pensamento
capitalista é a procura do máximo
benefício a qualquer preço, e com toda essa concorrência o controle
das fontes de matéria prima se tornou um desafio muito maior e mais importante
do que no passado porque agora não se trata apenas de ter as matérias primas,
mas também de impedir que outros concorrentes também tenham acesso a elas. Uma
das principais formas de “proteção de hegemonia” utilizada é a militarização de
um país, muito usada pelos Estados Unidos. Outra forma bastante conhecida de
“proteção de hegemonia” é o controle do mercado, países mais desenvolvidos utilizam
do seu poder sobre determinado ramos, moedas e corporações para “obrigar”
países menos desenvolvidos a seguir o rumo que a potência quer ou então
sucumbir sob os pés do controle do mercado.
Em resumo, o principal objetivo
agora do neocolonialismo não é mais instalar um governo conjugado dentro de
outro país ou nação pois os mesmos já não conseguem resistir por muito tempo à
aversão da população, mas sim tornar os países dependes de tal forma que
entreguem tudo que tem de mais precioso em seu território, seja matéria prima,
seja mão de obra, seja cultura, seja governo, e se por algum acaso esse tipo de
dependência não for imposta com sucesso, acaba que o neocolonialismo mostra o
seu lado obscuro mais uma vez, através da militarização e das guerras afim de
tornar insustentável e ingovernável a situação em tal país, desmontando toda a
sua organização, toda sua infraestrutura, levando o país a pontos extremos como
no caso do Afeganistão, da Somália, do Iraque e do Sudão. Infelizmente existem
grandes corporações que apoiam essa ideia por lucrar muito com a guerra, por
isso esse comportamento de tentar legitimar guerras pelo neocolonialismo, isso
também acaba que gera forças ao pensamento terrorista por não concordar com tal
ocupação. Na realidade a base do pensamento por trás disso tudo não é evitar o
fim do mundo, mas sim evitar o fim do seu mundo, isso fica bem claro quando as
decisões deixam de ser tomadas de forma em pensamento coletivo para ser tomadas
de forma ímpares. O neocolonialismo tenta transformar o mundo à sua imagem e
semelhança de quem o lança.
Referências
Eric Williams, Capitalismo e escravatura, Presença Africana,
1968, p. 19.
Kwame Nkrumah, O neocolonialismo, último estádio do
imperialismo, Presença africana, Paris, 1973, p. 9.
Globalização ou neocolonialismo?
O FMI e a armadilha do ajuste – Ruy Braga (Dr. Em Ciências Sociais – Uni. De
Campinas)
Globalização e
neocolonialismo – Joaquim Francisco de Carvalho – Folha de SP. 26 de Maio de 1998
http://www.investigaction.bet/es/colinialismo-neocolonialismo-y-balcanizacion-las-tres-edades-de-una-dominacion/ -
Tradução Manuela Antunes
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