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RESENHA: “O CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES” – SAMUEL P. HUNTINGTON


RESENHA: “O CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES” – SAMUEL P. HUNTINGTON

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            De início, deve-se observar qual a tese principal do autor, onde suas ideias convergem para um denominador de conceito definitivo dos pensamentos apresentados. No texto Huntington coloca como tese que os conflitos não mais serão essencialmente ideológicos ou econômicos, mas disputas de ordem cultural. Então, partindo desse princípio, Huntington explica que o globo possui as Nações-Estados que são os agentes mais poderosos do globo, mas que a maioria dos conflitos ou alianças entre elas ocorreram cada vez mais por questões civilizacionais. Mas o que seria civilização para o autor? Segundo o texto, a natureza das civilizações é diretamente ligada ao cultural, à fé, à etnia, nacionalidade e afins, ou seja, a civilização é o nível mais amplo do qual um indivíduo pode se sentir pertencente, uma questão de identidade (Pag. 122, 3ª linha).
            A grande questão levantada pelo Huntington para ele desenvolver a sua tese é: “Porque as civilizações entram em choque?” (pag. 122). Para responder ele explica que a identidade das civilizações será cada vez mais importante no futuro. Então ele divide o globo entre sete ou oito grandes civilizações: ocidental, confunciana, japonesa, islâmica, hindu, eslava ortodoxa, latino-americana e a africana (pag. 122, penúltimo parágrafo). Neste ponto, Huntington dispara sua grande chave da tese: “Os conflitos mais significativos do futuro vão ocorrer ao longo das linhas de cisão cultural que separam cada uma dessas civilizações”, ou seja, em suas fronteiras. Com essa ideia ele monta todo um esquema de justificativa de conflitos históricos e futuros, “o mundo está ficando menor” (pag. 123). Nas próximas páginas do texto, o autor vai embasar sua fala com alguns conflitos históricos e seus motivos e consequências, também vai falar mais detalhadamente da linha de cisão entre civilizações e suas consequências para as regiões dessa fronteira, deixando claro que nem sempre é necessário haver violência para caracterizar um conflito, mas cada vez mais os conflitos têm sido de caráter violento. Com toda essa informação exposta, o autor nos da conceitos do que ele chama de países parentes, resumindo, seriam países que fazem alianças com base em elementos civilizacionais comuns, geralmente fé, etnia e língua (pag. 130 último parágrafo), Huntington cita vários exemplos de alianças que decorreram a síndrome de países parentes.
            Um grande parágrafo do texto que o autor enfatiza bastante é em como o Ocidente está contra o resto do mundo. Ele diz que hoje o Ocidente desfruta de um extraordinário poder em relação as outras civilizações. A superpotência inimiga desapareceu do mapa, e a supremacia militar ocidental é incontestada. Domina instituições políticas e de segurança internacional, junto ao Japão, as econômicas também (pag. 133). Em seguida, o autor mostra que existem países divididos, ou seja, países com grande número de povos de diferentes civilizações, como a União Soviética e a Iugoslávia. Países nessa situação são grandes candidatos à desintegração. Em contrapartida, há países com alto grau de homogeneidade cultural, mas não há um consenso sobre a que civilização pertencem, são os países divididos que, normalmente, seus lideres internos tentam fazer que eles sejam parte do ocidente, mas a história, cultura e tradições são todas não-ocidentais, a Turquia é um [ótimo exemplo. Neste conceito de poderio ocidental, surge a conexão confunciana-islâmica, o maior medo do ocidente. Segundo Huntington, seria a união da China (Grande potencia oriental) com a civilização mulçumana, a união de poderio de produção, economia, petróleo, armamentos e tudo que poderia desestabilizar o ocidente. Para evitar esse tipo de laço muito forte, o Ocidente utiliza de algumas medidas defensivas que seriam os acordos internacionais, pressão econômica e controle de transferência de armas e tecnologia bélica para evitar que países não ocidentais aumente seu poder militar (pag. 137, últimas duas linhas). De todos os países não ocidentais o que mais ameaça o Ocidente é a China, pois estimulada por uma grande política de avanço econômico tem avançado bastante o seu poder militar e o seu poder de influência, aumentando cada vez mais os seus gastos com as Forças Armadas do seu país.
            No final do seu texto, Huntington fala sobre algumas implicações para o ocidente e fala sobre seu posicionamento sobre o choque de civilizações. Ele deixa bem claro que não defende que os caráteres de identidade civilizacional irão substituir todos os outros, ele apenas quer mostrar que o caráter de civilização é de extrema importância. Também não defende vantagens de uma civilização entrar em choque com a outra, apenas formula hipóteses futuras que podem vir a acontecer devido ao caráter identidade civilizacional. “No futuro não haverá uma civilização universal, mas um mundo de diferentes civilizações, e cada qual precisará aprender a coexistir com a outra” (pag. 140 HUNTINGTON, Samuel. Choque das Civilizações? In: Política Externa. Vol.2, n.4, março de 1994).
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